DURKHEIM E AS FORMAS ELEMENTARES DA VIDA
RELIGIOSA:
Apontamentos dispersos de uma leitura não
sistemática.
Religião,
ciência, filosofia, arte: revolução? Na leitura do texto que foi no título
anunciado, a religião é apresentada como uma “forma elaborada de conhecimento.”
Esta, orienta noções de tempo, de espaço, de gênero, de número, de causa, de
substância, de personalidade, etc. A “ossatura”
social, derivada da religião, atua enquanto uma percepção de um estado mental
coletivo.
“É um quadro abstrato
e impessoal que envolve não apenas nossa existência individual, mas, a da
humanidade.” (p.17)
Kant
e a experiência do conhecimento, a apreensão do real, essa e outras questões
estão na raiz do pensamento do sociólogo francês, com o desenvolvimento de uma
sociologia fundada num neokantismo voltado para os problemas sociais, “decalque”...
Questões
de contradição, identidade então determinadas por regras históricas e sociais
aliadas a contribuição mental, que alcança na universalidade um lugar comum dos
espíritos, como por exemplo, a necessidade de nomear, sob a qual se apresenta a
contradição entre o conhecimento a priori e o sujeito enquanto operário da
construção do real.
“importa ainda examinar o que é a religião de uma maneira geral. É o
problema que, em todas as épocas, tentou a curiosidade dos filósofos e não sem
razão, pois interessa à humanidade inteira.”
É
claro que voltado a resolver os problemas da filosofia transcendental de Kant,
Durkheim opera uma crítica ao método dialético. E avança em suas exposições
“Como todas as religiões
são comparáveis, e como todas são espécies de um mesmo gênero, há
necessariamente elementos essenciais que lhe são comuns”
“As
semelhanças exteriores supõem outras que são profundas” e “ Na base de todos os
sistemas de crença todos os cultos, deve necessariamente haver um certo numero
de representações fundamentais e de atitudes rituais que, apesar da diversidade
de formas que tanto uma como outras puderam revestir, têm sempre a mesma
significação objetiva e desempenham por toda parte as mesmas funções. São esses
elementos permanentes que constituem o que há de eterno e de humano na
religião; eles são o conteúdo objetivo da ideia que se exprime quando se fala da religião em geral.”
Meios,
ritos, circunstâncias, crenças diferenciam os modos de experimentar a atividade
religiosa. Sacerdotes, místicos, monges, leigos, racionalistas, teólogos e
profetas são categorias que definem o sistema religioso em Durkheim, onde
expressões de sacrifício ou profetismo, a vida monástica ou de mistérios são
formas de “encontrar os estados fundamentais característicos da mentalidade
religiosa”.
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