domingo, 5 de agosto de 2012

Lauda III

Breves anotações sobre Max Weber e a ética do espírito.

 
                                         
Conseguimos até agora reunir alguns elementos e argumentos, aspectos e observações que possam elaborar uma crítica análise de fragmentos da obra A ética protestante e o espírito do capitalismo.

É preciso, então, encontrar, tendo em vista a rigidez metodológica,  as relações contidas no arcabouço da investigação weberiana, acerca do que vem a ser chamado o "geist" do sistema social moderno,  a partir do qual infere-se a concatenação de traços históricos, econômicos, políticos e religiosos que se aglutinam para dar uma forma sociológica bem acabada do que Weber denominará cultura capitalista moderna.

Assim, a emergência de um "ethos" próprio para o "modo de vida de inteiros grupos humanos" tem por base uma sustentação histórica no desenvolvimento e renovação das formas do trabalho além de contar com uma "habilidade peculiar de cálculo para obtenção de lucro" no âmbito da atividade comercial. No contexto da gênese e relações de causalidade que possibilitaram a expansão de tal "espírito do capitalismo", está a aparição de "um [novo] estado mental", uma cosmovisão que aceita-se e melhor adapta-se as novas regras econômicas e políticas da sociedade em desenvovlimento, a sociedae burguesa industrial.

A cosmologia protestante, puritana, calvinista entre outros segmentos possibilitou por parte de seus seguidores a prática de uma espécie de "instinto de aquisição" aliado a doutrina do ascetismo determinariam, segundo Weber, o acúmulo por parte dos protestantes e explicaria seu sucesso em relação aos católicos nos postos de trabalho e no processo de formação educacional entre os "gyminaisen" e os outros centros de formação acadêmica e técnica voltadas para o mercado.

De forma que essa tal "fome de riqueza" baseada no espectro religioso, com o sustentáculo intelectual concretizaram a passagem de uma consciência pré-capitalista para a "capitalista" que segundo Weber afastar-se-ia das explicações de ordem materialista, consolidando a teoria weberiana desta forma, no arranjo do pensamento sociológico alemão, enquanto uma bela crítica ao esquema do materialismo histórico.