quinta-feira, 4 de julho de 2013

LAUDA XIII José Carlos Mariátegui e Fiodor Dostoievski : O Pensamento Social Latino Americano e a Literatura Russa.

Aspectos da Literatura russa à luz de José Carlos Mariátegui[1]: Sobre a questão do método no caso Dostoievski.[2]

“Zweig estuda Dostoievski abstraindo deste substractum histórico, deste sedimento social de sua arte” J.C.M.


I.
A arte russa concebe a sociedade no homem, diluído, massificado, burocraticamente organizado em classes, partidos, essa sociedade multipartida se reveste de um ideal de consciência coletiva em direção à transformação social, ao clímax da práxis revolucionária.

“Enquanto o romance ocidental, até em sua fase romântica descreve uma burguesia inquieta, porém normal, medíocre, às vezes, mas estável sempre, que assenta com confiança e sem desgosto seus pés na terra, e em que o atormentado não é regra senão a exceção, o romance russo, de estirpe dostoieviskiana, nos descreve invariavelmente uma burguesia lunática, desequilibrada, sentimental, em cuja consciência trabalha um complexo e na que o empresário alegre, contento de si mesmo, é um caso extraordinário, contraditado e renegado por uma descendência neurótica.” (MARIÁTEGUI, 2012, p.226)

Os eventos de 1917 revelaram ao mundo uma nova forma social ainda com suas inerentes contradições de uma experiência dialética de sociedade, a virada da revolução foi pungente desde sua pré-fabricação dos conteúdos de sentido das obras de arte, quanto à relação que o Estado estabelece com os intelectuais.

“As tentativas baratas, estreitas, de interpretação do bolchevismo, que uma crítica diletantesca e apriorística produziu no Ocidente nos primeiros anos da Revolução, e cujos ecos duraram até muito pouco tempo atrás, se entretinham com curiosa uniformidade em explicar este fenômeno como se fosse a culminação do movimento espiritualista representado por Dostoievski.” (MARIÁTEGUI; 2012.p.223)

Nos moldes de uma ação intelectual subversiva e predominantemente fundada no princípio da crítica dialética, está análise de Dostoievski, com o apoio de Mariátegui nos levará ao esforço de apontar princípios e práticas teóricas e metodológicas da tradição marxista no tratamento de relações sociais, no nosso caso em especial no campo da cultura.

O misticismo, a neurose e a exasperada busca do infinito e do absoluto, que encontram sua mais forte e patética expressão artística na obra de Dostoievski, eram admirados como fatores morais da revolução, que deveria a estes fatores seu tom apocalíptico e extremista.” (MARIÁTEGUI; 2012, p. 223)

Os desdobramentos da teoria marxista na América Latina, que ganham corpo com José Carlos Mariátegui tem uma série de aproximações e distanciamentos com a matriz de pensamento europeia. Nesse sentido, é possível perceber traços marcantes do pensamento social de origem contida nos escritos de  Antônio Gramsci e Leon Trotsky[3], entretanto ficam claras as suas distinções acerca do aproveitamento dos instrumentais teórico-crítico e suas orientações metodológicas em operação no contexto sul americano.

“Dostoievski traduziu em sua obra a crise da Intelligentsia russa como Lenin e sua equipe marxista se encarregaram de resolver e superar. Os bolcheviques opunham um realismo ativo e prático ao misticismo espiritualista e inconclusivo da Intelligentsia dostoieviskiana, uma vontade realizadora e operante a sua hesitação niilista e anárquica, uma ação concreta e enérgica a seu abstratismo divagador, um método cientifico e experimental a sua metafísica sentimental. (...) Reconhece-se um romantismo de fundo mais ou menos rousseaniano nos dezembristas, nos narodbiks, nos nilistas, nos social revolucionários.(...) uma revolução democrático burguesa que substituísse  a autocracia tsarista por um regime capitalista de tipo ocidental a conduziu a um utopismo desorbitado, em que o mais extremista e dissolvente individualismo se associava ao messianismo racial, hostil a Europa, dos orientalistas”(MARIÁTEGUI, 2012, p.224)

Essa passagem acima escrita pelo peruano deixa claro a sua linha de analise e predominante mente o caminho da sua investigação, um debate sobre intelectuais e elite que em algum momento do texto parte de Ortega y Gasset e culmina com uma provável aparência de um debate no estilo feito por Karl  Mannheim sobre a questão da Intelligentsia[4].

II.

Sobre os interesses de Mariátegui no campo da literatura russa, já que este seguiu pela tradição marxista no campo da cultura, com o viés da crítica literária discutindo e investigando vários autores e pensando sobre a sociedade russa no ambiente gerado pela revolução de 1917, perpassando os elementos sobre o realismo, e encontrando em alguma medida um romantismo em Dostoievski, autor este, que é o presente objeto de estudo, no desenvolvimento de nosso caso, com a novela Memórias do Subsolo.

“De fato, o conhecimento de Mariátegui sobre as letras russas era amplo. Ele havia lido ou estava amplamente familiarizado com obras de Dostoievski, Tolstoi, Gogol, Gorki, Maiacoviski, Blok, Artsibahev, Andreiev, Hippus, Ehrenburg, Merezhkovski, Serge, Kuprin, Ivanov, Essenin, Turgueniev, Pilniak, Zamiatin, Serafimovich, Babel, Tikhonov, Fedin, Lunts, Pasternak, Leonov, Briussov, Remisov, Biely, Sologu Glad Kov, entre outros.”(PÉRICAS, 2012; p.30)

A introdução ao pensamento social latino americano, em sua linguagem marxista, nos faz perceber uma adoção de técnicas e estratégias desdobradas de formas de pensamento gestados no centro europeu o que por sua vez influencia nas formas de abordar os objetos postos em questão pelo campo intelectual. Na dimensão que dialoga com a literatura, em especial a crítica literária e os temas cruciais de uma investigação engajada com a fusão entre cultura e revolução política na engenharia da produção de uma crítica marxista. E quando tratando em literatura, em regime de desconstrução do “realismo proletário”, sobre o qual Mariátegui apontava,segundo Luiz Bernardo Pericás

“Sua admiração confessa pelo realismo proletário, fazia com que exaltasse vários escritores que estavam longe de ser comparados aos clássicos russos, como Dostoievski e Tolstoi, dois romancistas que, por sinal, também respeitava.” (PÉRICÁS, 2012; p.31)

A poesia de Maiacoviski[5], a contística de Anton Tchékhov [6], a prosa de Dostoievski[7], no nosso caso, sua novela Notas do Subsolo; o romance de Boris Pasternak[8], Doutor Jivago são elementos discutidos no panorama histórico e político apresentado por José Carlos Mariategui em sua coleção de 50 de ensaios sobre a Revolução Russa: sua história, sua política e sua literatura, recentemente organizadas pela editora Expressão Popular.

A literatura desta época, ou melhor, desta origem – Dostoieviski, Andreiev, Sologub –, reflete, como já apontei certa vez, a neurose de uma burguesia frustrada, que não conseguiu conquistar o poder”(MARIÁTEGUI, 2012, p.224)

Parte-se da premissa de que o método marxista fundado na noção de crítica dialética do sistema de classes da sociedade capitalista faz com que se fundamente a análise do pensamento social latino americano como instrumento de investigação do objeto literário, num regime de análise e fundamentação que permitem entrevê na obra do peruano, um ponto chave para responder questões sobre aspectos da cultura revolucionária. Bem como a análise levando em conta a questão racial na Rússia entre os “eslavófilos” e os ocidentais. “A burguesia viu desertar seus filhos de sua empresa política, para entregar-se à preparação sentimental de uma revolução que não seria a sua.” (MARIÁTEGUI, 2012, p.225)

“Estas palavras colocam talvez o problema de Dostoievski clássico ou romântico. Problema que, em Dostoievski, admite resposta: Clássico ou romântico. Ou Romântico até o ponto de ser, ao mesmo tempo, clássico.” ”(MARIÁTEGUI, 2012, p.227)  

O presente debate aponta interseções entre a sociologia e a crítica literária, como aparece em Adorno[9] - e para além, coloca os objetos da cultura dentro de uma análise que regida pelo método da crítica materialista histórica dialética de Mariátegui possa dar conta de um quoeficiente literário e estético, ensaístico e filosófico.

III. (o texto a seguir [recuperado, que completada análise mais detidamente] pode ser encontrado em meu outro Blog: http://leitordemanuscritos.blogspot.com.br/2013/05/em-busca-da-analise-fundamental-o.html)

EM BUSCA DA ANÁLISE FUNDAMENTAL: (O LEITOR) ENTRE O MÉTODO CIENTÍFICO EM CIÊNCIAS SOCIAIS E O OBJETO DE ARTE SOB O OLHAR DA CRÍTICA LITERÁRIA.

Porém, a nova década trouxe o vento forte das mudanças  e o pensamento revolucionário foi tomado por uma reviravolta. (Dias, Andre. Dostoievski, um dissonante)

Recolho, aos poucos, breves notas de leitura, dispersos apontamentos críticos, análises preliminares de fichamentos, num esforço hercúleo, como quem realiza um de seus últimos trabalhos. E assim, posso constatar que a literatura é o meu subterrâneo. Começo a pensar na adoção da crítica literária como “O Grande Inquisidor”, expurgando e vivificando meus demônios.

E é claro que, entre outros tantos, Dostoievski tem aí um lugar notável. Primeiramente porque, mesmo sem saber ainda ler russo, introduzi-me na leitura dos grandes clássicos da literatura universal (geralmente ocidentais) pela obra Crime e Castigo, em tradução – o que não é o centro deste ensaio – mas que foi lida antes mesmo de adentrar o curso superior em Letras Vernáculas que começaria a cursar nos idos de 2005.

Ao lado de João Artur, que paripasso realizava a leitura de Anna Karenina, enquanto estudávamos na Biblioteca Municipal de Feira de Santana para posterior aprovação no vestibular da UEFS. Lembro-me de chegar ao fim daquelas centúrias de páginas, e sentir a permanência daquelas sensações psicológicas despertadas por Raskolnikov, Sônia e a velha. Continuo pensando naquele romance como um divisor de águas em minha vida de leitor.

Sete anos depois reencontro-me com o Dostoievski, numa leitura mais detida,  mas desta vez, no começo de 2012, em janeiro,  quando fiz uma primeira leitura, de Notas do subsolo(2009) na tradução original do russo – Zapsíki iz pódpolia – de Ruth Guimarães, numa edição barata, da Ediouro.
"As imagens, feitas entres os anos 1940 e 1950 e publicadas somente na Rússia, são consideradas uma contribuição importante para a iconografia de Dostoiévski. Nelas, Goeldi captura a essência dos romances “Humilhados e Ofendidos”, “Memórias do Subsolo”, “O Idiota” e “Recordações da Casa dos Mortos”, com ilustrações obscuras em preto e branco.
“Oswaldo Goeldi conseguiu expressar a relação peculiar entre suas ilustrações e o texto do autor russo. Muitos críticos já apontaram para o fato de que Dostoiévski capta a psique humana em seus momentos de crise, e é nisso que Goeldi nos proporciona com seus desenhos predominantes densos e soturnos. Seu mundo branco e preto se funde com a visão dostoievskiana do homem vivendo no submundo e no ápice da tortura”, explica a curadora Lani Goeldi."

Hoje em dia, dotado de alguns novos instrumentais que me possibilitam adentrar ou, ao menos, observar o universo criativo da obra de arte, percebo que caminhos tomam, possíveis leituras que se espalham por aí a fora. Entre algumas interpretações “possíveis”, sobre o romance russo,  me deparei com a de André Dias, que realiza uma leitura curiosamente sociológica e política, que encontrei enquanto pesquisava sobre a obra; é o olhar de André Dias que revela que “A atitude do escritor acabou por transforma-lo numa voz inconveniente, desagradável e dissonante como seu personagem que habitava o subsolo.”

O autor é apresentado como um “intelectual impertinente” levando em conta sua trajetória, “sobretudo quando olhada com o devido distanciamento histórico”, a obra  literária do romancista aponta para que “Dostoievski, com seu homem do subsolo, teve coragem de denunciar o perigo da aceitação irrestrita do determinismo racional, que inevitavelmente, conduziria os indivíduos a um vazio moral.”

É bem verdade que a novela foi pouco e, em geral, mal lida na ocasião do seu lançamento, mas não podemos desprezar o seu teor explosivo, quando lida na perspectiva de uma resposta as proposições do ativista radical. Alias, o próprio fato de a narrativa ter recebido pouca atenção na época de sua publicação é uma prova evidente de que aqueles eram tempos de polarização. Afinal de contas, em meio às agitações revolucionárias, qual o sentido de se dedicar atenção para uma narrativa cuja personagem principal era um homem sem brilho e medíocre? A primeira vista, poderia parecer que, com o lançamento de Memórias do Subsolo, o romancista fazia uma confissão de sua alienação e desinteresse pela causa revolucionaria. Pela causa revolucionaria radical ate poderia ser, mas pela situação periclitante de seu país, seguramente não. (DIAS; 2010 : 307)

Dostoievski (1821 – 1881) poderia ter vivido por todo o século XX, que mesmo assim estaria tão próximo de nós como está, de lá, do seu século XIX. Não apenas pelo trânsito histórico que possui sua obra mas, pela carga estética e criadora que arrasta ao longo dos séculos. O texto em questão é o romance, Notas do subsolo, datado originalmente de 1864, que apresenta a consciência do homem-subterrâneo um homem esmagado entre os descaminhos da sua sociedade e imensidão de sua consciência crítica da sociedade e da condição humana.

“Já o homem do subsolo se apresenta aos leitores como um indivíduo “doente, mau e desagradável”, como de fato podemos verificar ao longo da narrativa. A contradição marca toda a trajetória dessa personagem que nos faz caminhar pelas trilhas inseguras do seu mundo ora assustador, ora lamentável, ora lúcido, ora absolutamente desequilibrado.” (DIAS; 2010 : 307)
Uma leitura crítica permite entrevê em trechos da narrativa momentos como esse

“Como efeito, verificava sempre em mim a presença de um grande número de elementos diversos que se opunham violentamente. Sentia-me fervilharem em mim. Por assim dizer. Sabia que estavam presentes sempre e aspiravam a manifestar-se do lado de fora, mas eu não os deixava; não, não lhes permitia evadirem-se. Atormentavam-me até à vergonha, até as convulsões. Oh! como eu estava fatigado! Como estava saturado!” ( p.13)
Era esse o estado do nosso narrador logo no início do romance, percebe-se uma condição não só deplorável, mas em degradação ética e a impossibilidade moral de estabelecer alguma realização ideal na sua existência. Sua aparente alusão futura, denotando uma das possíveis inspirações de Kafka para a construção de Gregor Samsa , na confissão de que “Declaro-vos solenemente : um grande número de vezes já tentei tornar-me um inseto; mas não fui julgado digno disso.”(p.14)

A sua descrição do homem do século XIX denota claramente o sintoma que mais lhe acomete, a questão da moral... “Jamais consegui nada, nem mesmo me tornar malvado; não consegui ser belo, nem mau, nem canalha, nem herói, nem mesmo um inseto. E agora, termino a existência no meu cantinho, onde tento piedosamente me consolar, aliás sem sucesso, dizendo-me que um homem inteligente não consegue nunca se tornar alguma coisa, e que só o imbecil triunfa.Sim, meus senhores, o homem do século XIX tem o dever de ser essencialmente destituído de caráter; está moralmente obrigado a isso. O homem que possui caráter, o homem de ação, é um ser essencialmente medíocre.Tal é a convicção de meus quarenta anos de existência”(p.13)

Numa crítica ao sentimentalismo do idealismo francês de Rousseau e do Romantismo Alemão nos diz: apostava numa consciência, a partir da qual afirmava que “Uma consciência clarividente demais, asseguro-vos, senhores, é uma doença, uma doença muito real.” E assevera dois parágrafos a frente: “Entretanto – estou firmemente convencido - , a consciência , toda consciência é uma enfermidade.”

E essa dimensão de uma “consciência” produz a distinção entre o homem de ação e  os homens que pensam que são ainda distintos do homem simples, mas estúpido. Esse humanismo crítico e de uma esperança desesperada que rege a consciência do escritor e seu narrador numa espécie de “mistura abominável e gelada de desespero e esperança, é precisamente esse sepultamento voluntário, e essa existência de emparedado vivo, essa ausência, claramente percebida, mas sempre duvidosa, de toda solução é esse vínculo de desejos insatisfeitos e enfurnados, de decisões febris tomadas para a eternidade mas, imediatamente seguidas de remorso, é isso precisamente o que segrega essa volúpia estranha de que falava antes.”(p.21)Segundo Dias “o romancista utilizou seu discurso literário para se contrapor aos discursos políticos totalitários”.

O homem do subsolo que tanta aversão causava com suas ações, pode ser visto como o anti-herói. Sua persona biliosa e até certo ponto perversa em nada lembra a estatura de um herói. Ele era cruel consigo mesmo e com aqueles que atravessassem seu caminho, era manipulador e torturava cruelmente aqueles com quem se relacionava. (DIAS; 2010 : 308)

O escritor, deliberadamente, escolheu se colocar em rota de colisão com o pensamento da intelligentsia radical da geração de sessenta. E importante que se diga que adotar tal posição, no caso do romancista, não tinha nenhuma relação com a ideia de um possível apoio ao regime czarista. Mais do que se posicionar ao lado de um grupo ou de outro, o escritor soube como poucos discernir o espírito de seu tempo. Só que essa capacidade de traduzir as contradições, quase sempre, vem acompanhada de um custo bastante elevado. Imaginemos a situação do intelectual que rejeitava o atraso da sociedade russa, mas via também a adesão indiscriminada a uma mentalidade ocidentalizante e capitalista com muitas reservas. Seguramente não era a mais confortável. Mais sério ainda, em um momento em que boa parte da intelligentsia se deixava seduzir pelo apelo da razão revolucionária armamentista não cerrar fileiras com o movimento seria um pecado imperdoável. (DIAS; 2010 : 306)
O autor em suas próprias palavras nos diz sua posição sobre esse “pecado imperdoável”, diante deste “crime” Dostoievski pergunta ao leitor “Mas não vos parece, senhores, que eu me arrependo e que vos peço perdão de não sei que crime? Estou certo senhores, de que ides imaginar isso. Mas aliás, digo-vos que, quer vós o imagineis ou não, isso me é indiferente.”





[1] MARIATEÉGUI, José Carlos. Revolução Russa: História, Política e Literatura. Org., tradução e prefácio: Luiz Bernardo Pericás. 1ª edição – Ed. Expressão Popular. São Paulo. 2012.
[2] Por Camillo César Alvarenga , estudante da disciplina de Marxismo latino americano.
[3] TROTSKI, Leon. Literatura e Revolução. Tradução Moniz Bandeira. Zahar – Rio de Janeiro.1980.
[4] Ver Karl Manhein Sociologia da cultura edições Perspectiva.
[5] MAIACOVSKY, Vladmir. Antologia Poética. Estudo Biografico e tradução de Emilio C. Guerra.  Editora Max Limonad.São Paulo.2ª edição. 1983.
[6] CHEKHOV, Anton Pavlovich. A dama e outras histórias – Porto Alegre, RS: L&PM, 2011.
[7] DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Notas do subsolo/Fiódor Dostoiévski; tradução de Ruth Guimarães. – Rio de Janeiro: PocketOuro, 2009.
[8] PASTERNAK, Boris. Doutor Jivago. Record. S.d.
[9] Apontado por Jaime Ginsbourg